Antonio Miranda y Murvin Andino
Dos poemas míos traducidos al portugués por el poeta Antonio Miranda aparecen este día en su página de internet.
"Vos de dónde sos", me dijo Miranda esa tarde justamente al saludarlo en el lobby del hotel Soratama de la ciudad de Pereira (el lobby feroz como diría Juan Manuel Roca días después durante la hora del desayuno en el restaurante de hotel), cuando recién llegaba procedente del aeropuerto.
Soy de Honduras, le respondí y tomé un par de fotografías mientras posaba junto a poetas como Juan Manuel Roca, William Ospina, Giovanni Quessep y Alejandro Oliveros.
CANÇÃO TRISTE
Deste lado a vida é breve e transtornada,
é delírio, é andar com a esperança à costa,
sussurrando beijos.
Deste lado a loucura morde,
tem cara de mulher, de criança,
de homem morto.
Daqui pra frente estás velho, lento,
preparado para não regressar.
Já escreveste e amaste tua loucura.
Aguarda o frio cruel, o destino,
as coisas que não poderás olvidar;
os reflexos que fizeste com o pranto.
Esqueça teu proceder no amor,
teu lugar de silêncios perdidos,
tua leve meia-noite violenta.
Depois, ainda deste lado, ainda breve,
cresce, esqueça, ninguém é ninguém para não querer-te,
para não escutar tua canção triste.
ALGUÉM ACENDERÁ AS LUZES
Alguém acenderá as luzes,
cortará minhas veias, fechará a porta.
Minha melhor mentira, meu doce ódio.
Alguém acenderá as luzes,
depois de mim e até o dia do juízo final
para apagar a solidão ou para não voltar,
sem nada mais que ódio na mente,
apenas a mão afinal, distante e esquecida.
2 comentarios:
Felicidades, últimamente estoy huérfana de poesia aunque siempre es dulce reencontrarla en estos rincones "para borrar la soledad o para no volver..."
Gracias... un gusto saludarle y que visite mi blog alguna vez.
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